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Mostrando postagens de abril, 2023

A estranha mania de Deus de escolher os improváveis

Amigos, Talvez vocês já tenham visto o vídeo que viralizou há um tempo: um menino jamaicano, Rushawn Ewears, em seu último dia de aula, cantando com uma pureza que desarma a alma. Um dos versos que ele canta diz algo profundo: “Não quero ser grande e poderoso, porque amanhã eu posso cair de cara no chão”.                                Essa canção simples, cantada por um menino que o mundo não conhecia, carrega uma verdade que vai na contramão de tudo o que a nossa cultura nos ensina. Desde o início dos tempos, da Torre de Babel aos nossos feeds de redes sociais, a humanidade busca um caminho de autograndecimento. A lógica é: seja forte, seja visto, acumule poder, construa um nome para si. Mas Deus, em Sua sabedoria desconcertante, tem uma lógica diferente. O apóstolo Paulo a resume assim: “Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são.” ...

Quando o caminho atravessa o vale

Amigos, Mais cedo ou mais tarde, o caminho de todos nós atravessa um vale. É um lugar escuro, sombrio, onde as respostas somem, a luz parece não chegar e o medo se torna nosso companheiro. Seja na dor de uma doença, em um dilema emocional ou na angústia de uma perda, todos nós sabemos o que é caminhar por esse vale. E, no meio da escuridão, a pergunta que a alma grita é quase sempre a mesma: “Por quê?” . Se não tomamos cuidado, essa pergunta nos leva a um labirinto de culpa. Começamos a vasculhar nosso passado, procurando um erro que justifique a dor, o que quase sempre nos leva a um desânimo que nos paralisa. É para o nosso coração, perdido e aflito nesse vale, que a voz do salmista Davi ecoa como a mais poderosa das promessas: “Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada. Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo ; tu me proteges e me diriges.” (Salmo 23.4) Perceba a beleza radical dessa declaração. A promessa de Davi não é que não haverá vale. A promessa ...

A pedra que eles selaram (e o anjo que a rolou)

Amigos, Imagine a cena. É sábado. O corpo de Jesus está em um túmulo emprestado. Para os discípulos, é um dia de silêncio, medo e desolação. Para os inimigos de Cristo, é um dia de alívio e... preocupação.                                       Os chefes dos sacerdotes e os fariseus, com sua mente estratégica, pensaram em tudo. Eles vão a Pilatos e dizem: “Aquele enganador disse que ressuscitaria. Mande guardar o sepulcro!”. Eles conseguem uma guarda de soldados romanos. Vão até o túmulo, colocam a imensa pedra no lugar e a selam com o selo oficial de Roma. Era o esquema de segurança perfeito para garantir que a história de Jesus terminasse ali, naquele túmulo frio e escuro. Essa cena representa o melhor da engenhosidade e do poder humano tentando conter o plano de Deus. Mas há uma verdade que ecoa por toda a Bíblia: os planos de Deus sempre prevalecem. O que são guardas romanos e um selo de ce...

Por que crucificaram um homem inocente?

Amigos, Há uma pergunta na narrativa da Paixão de Cristo que, toda vez que a leio, ecoa na minha alma com um peso de profunda injustiça. A cena é no tribunal de Pilatos. A multidão, agitada, grita pela crucificação de Jesus. E o governador romano, confuso, pergunta o óbvio: “Por quê? Que crime ele cometeu?” (Mateus 27.23) Nenhuma resposta. Apenas mais gritos: “Crucifica-o!”. É um erro grotesco, nós pensamos. Inacreditável. Crucificaram o Filho de Deus, inocente, e ainda escolheram soltar um ladrão em seu lugar. É fácil, a dois mil anos de distância, nos colocarmos do lado de Pilatos, do lado da “razão”, e condenarmos a cegueira daquela turba. Mas, se fôssemos nós, ali no meio daquela multidão, contagiados pela fúria e pela pressão do momento, será que a nossa voz seria diferente? Eu, honestamente, duvido. E essa cena terrível se torna um espelho desconfortável do nosso próprio mundo. Quantas vezes não vemos a mesma lógica operando? Os “espertos” e os “malandros” são exaltados, enqua...