Amigos,
Talvez vocês já tenham visto o vídeo que viralizou há um tempo: um menino jamaicano, Rushawn Ewears, em seu último dia de aula, cantando com uma pureza que desarma a alma. Um dos versos que ele canta diz algo profundo: “Não quero ser grande e poderoso, porque amanhã eu posso cair de cara no chão”.
Essa canção simples, cantada por um menino que o mundo não conhecia, carrega uma verdade que vai na contramão de tudo o que a nossa cultura nos ensina. Desde o início dos tempos, da Torre de Babel aos nossos feeds de redes sociais, a humanidade busca um caminho de autograndecimento. A lógica é: seja forte, seja visto, acumule poder, construa um nome para si.
Mas Deus, em Sua sabedoria desconcertante, tem uma lógica diferente. O apóstolo Paulo a resume assim:
“Ele escolheu as coisas insignificantes do mundo, as desprezadas e as que nada são, para reduzir a nada as que são.” (1 Coríntios 1.28)
Deus tem essa estranha e maravilhosa mania de escolher os improváveis, os pequenos, os que o mundo ignora, para realizar Seus maiores propósitos. E a história daquele menino, cuja voz simples alcançou o mundo, é uma pequena parábola dessa verdade.
Por que a busca por ser “grande e poderoso”, nos termos do mundo, é tão perigosa? Porque, como diz a música, o risco de “cair de cara no chão” é enorme. Essa busca é baseada em uma mentira que contamos a nós mesmos sobre nossa própria força e autossuficiência. E essa tentação mora em todos nós.
Mas Jesus nos convida a repensar tudo isso. O problema não é o desejo de ter uma vida grandiosa; o problema é o nosso conceito do que é grandeza.
Quando perguntaram a Ele quem era o maior no Reino dos Céus, Ele não apontou para o mais forte ou o mais sábio. Ele colocou uma criança no meio de todos. Por quê? Porque Deus só consegue trabalhar em quem é pequeno. Em quem é humilde o suficiente para ser ensinado. Em quem é maleável em Suas mãos. O coração soberbo e autossuficiente se fecha para a ação de Deus.
Para Jesus, o caminho para cima é para baixo.
E como Ele mesmo buscou a grandeza? Fazendo a vontade do Pai e servindo ao próximo. Ou seja, a verdadeira grandeza, para Cristo, é a capacidade de viver os dois grandes mandamentos: amar a Deus acima de tudo e amar ao próximo como a si mesmo, em total dependência do Pai.
Ele nos chama para buscar essa mesma grandeza. Não uma grandeza que construímos para nós mesmos, correndo o risco constante de despencar, mas uma grandeza que encontramos ao nos esvaziarmos, ao servirmos e ao permitirmos que o poder de Deus se manifeste em nossa fraqueza.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão te tocou, salve-a. E eu te convido a uma pergunta honesta: na sua vida, você está tentando construir a sua própria grandeza ou buscando a grandeza de servir, como Jesus nos ensinou?
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