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Mostrando postagens de janeiro, 2023

A loucura que nos salva

Amigos, Vamos ser honestos por um instante. No fundo do nosso coração, todos nós gostamos da ideia de mérito. Se eu me esforçar, eu consigo. Se eu fizer o bem, serei recompensado. Se eu for uma boa pessoa, coisas boas acontecerão para mim. É a lógica do bom senso, a lógica que rege o nosso mundo. E é exatamente por isso que a mensagem da cruz é, e sempre será, um escândalo. O apóstolo Paulo não tentou adoçar a pílula. Ele disse com todas as letras, sem pedir desculpas: “A palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.” (1 Coríntios 1.18) Loucura. Por que uma palavra tão forte? Porque a cruz vira a nossa lógica de mérito de cabeça para baixo. Ela é loucura para a nossa natureza orgulhosa, que sempre quer ter uma pequena participação na própria salvação. Nós sempre tentamos encontrar um jeito de “ajudar” a Deus, de “cooperar” com a nossa salvação, de colocar um pequeno tijolo nosso na construção. Mas a Bíblia nos mostra um caminho ...

O fogo que purifica o ouro

Amigos, Quando a provação chega — a notícia ruim, a dificuldade financeira, a dor da perda —, a primeira pergunta que brota no coração é quase sempre a mesma: “Por quê? Por que isso está acontecendo comigo?” E, se não tomamos cuidado, essa pergunta nos leva a um labirinto escuro de culpa e especulação. Começamos a vasculhar nosso passado, a listar nossos erros, tentando encontrar em nossas próprias falhas uma razão para a nossa dor. É um caminho que quase sempre termina em desânimo e paralisia.                            É para esse coração aflito que o apóstolo Pedro escreve, oferecendo uma perspectiva que vira o jogo. Ele nos diz: “Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação. Assim acontece para que fique comprovado que a fé que vocês têm, muito mais valiosa do que o ouro que perece, mesmo que refinado pelo fogo, é genuína...” (1 Pedro 1.6-7) Pedr...

A história que eu não entendia (até olhar para a cruz)

Amigos, Há histórias na Bíblia que são difíceis. E, para ser honesto, a de Abraão sendo chamado por Deus para sacrificar Isaque, seu filho amado, no Monte Moriá, sempre foi uma das que mais me angustiou. A pergunta ecoava em minha mente: por que um Deus de amor faria um pedido tão terrível, para depois impedi-lo no último segundo? O que essa história tão dura quer nos ensinar? Com o tempo, e com a ajuda da própria Escritura, eu comecei a entender que a chave para essa história não está em Isaque, nem mesmo na faca na mão de Abraão. A chave para entender Gênesis 22 está no cordeiro preso pelos chifres no arbusto. A primeira lição é: nós somos Isaque. A história de Isaque é, de certa forma, a nossa história. Imagine a cena: o filho da promessa, deitado sobre a lenha, amarrado, aguardando a sentença que não merecia. Essa é a nossa condição por causa do pecado: condenados, sem esperança em nós mesmos. E, no último instante, quando a justiça estava prestes a ser executada, a voz de Deus in...

Para quando todas as outras portas se fecham

Amigos, Eu não sei vocês, mas eu conheço bem o som de uma porta se fechando. O eco seco de um “não”. Aquele sentimento de estar em uma rua sem saída. Pode ser a porta de um emprego que não veio, de um relacionamento que terminou, de um sonho que não se concretizou. Portas fechadas têm o poder de nos desanimar, de enfraquecer nossa esperança e, às vezes, até de nos fazer duvidar do cuidado de Deus. Bater em portas que não se abrem é exaustivo.                              É para corações que conhecem esse cansaço que Jesus dirige uma das promessas mais seguras de toda a Escritura. E o que a torna tão poderosa é a frase com que Ele a inicia: “Conheço as suas obras.” Isso significa que Ele vê. Ele vê o nosso esforço, as nossas tentativas, as portas em que batemos. Ele conhece as nossas decepções, os “nãos” que recebemos, as nossas lutas e as nossas lágrimas. A promessa que Ele faz não nasce de uma distância ig...