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Mostrando postagens de novembro, 2022

Do Espírito para os ouvidos

Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não vem de Deus não nos ouve. 1Jo 4.6 É muito bom falarmos e sermos ouvidos. É excelente quando falamos e alguém, além de confiar naquilo que dizemos, se mostra pronto a ouvir mais. Mas quando o contrário acontece? Como nos sentimos em relação a isso? O problema está em nós ou está naquele que não nos ouve? Eu poderia dizer que, na maioria das vezes, colocamos a culpa no outro por não sermos ouvidos. Se falarmos o que não é interessante, pronunciarmos apenas besteiras e realmente não tivermos nada de bom para dizer, de fato, aqueles que nos escutam têm razão em não gostar. Contudo, o discípulo amado João, nos traz uma perspectiva que nos faz olhar este tipo de situação por um outro viés. Ele considera-se como um apóstolo vindo da parte de Deus para comunicar a verdade do evangelho a todos, entretanto, ele entende que nem todos o ouvirão, não porque ele esteja equivocado no que diz, mas sim, porque ele está falando...

Por que sofremos?

Primeiramente, porque sofremos as consequências do pecado no mundo. Estamos no mundo e, consequentemente, vulneráveis àquilo ao qual o mundo está vulnerável. E aqui não falo sobre mundo na definição moral de mundo, aquela que contrapõe mundo e Igreja, mas me refiro ao mundo enquanto criação de Deus, o planeta Terra e toda sua estrutura. Os males presentes no mundo são muitos: morte, violência, corrupção, desastres naturais, desequilíbrio ambiental, perigos dos mais diversos decorrentes das três principais consequências do pecado: morte eterna, morte física e morte espiritual. A morte eterna significa que após o pecado, o homem está eternamente separado de seu Criador. A morte física diz respeito à morte que todos passamos nesta vida, a morte do corpo físico. E a morte espiritual diz respeito à perda da imagem divina no homem, a descendência de Adão não carrega a imagem e semelhança de Deus no seu sentido restrito, que diz respeito à vida espiritual que antes do pecado possuía. Após o ...

Excelência com propósito

Tudo o que você tiver de fazer faça o melhor que puder, pois no mundo dos mortos não se faz nada, e ali não existe pensamento, nem conhecimento, nem sabedoria. E é para lá que você vai. Ec 9.10 A expressão japonesa ganbatte significa fazer o melhor com as condições que se tem. A ganbatte se apresenta como uma filosofia que incentiva a coragem e perseverança na busca pela excelência. Ela não se apoia na sorte, como se o resultado das nossas ações dependesse do acaso. A ideia por trás do ganbatte acredita na escolha que cada um tem de dar o seu melhor. Caso as coisas não saiam como esperado, a pessoa que deu o seu melhor saberá que não foi por falta de esforço, nem por desperdício de oportunidade de sua parte. No livro de Eclesiastes, o sábio Salomão em um versículo já havia imprimido algo muito próximo dos ensinamentos da filosofia japonesa do ganbatte . Ele recomenda que quando tivermos que fazer algo, que façamos o melhor, dentro das nossas possibilidades. O motivo dado por ele é q...

Após a justificação continuamos sendo pecadores?

Há quem diga que sim, continuamos sendo pecadores, e há quem diga que não somos mais pecadores a partir da justificação. A resposta para esta questão é um pouco mais complexa do que apenas dizer sim ou não Isso se deve aos diferentes sentidos da palavra pecador. No sentido amplo do termo, todos somos pecadores, pois assim nascemos e até que sejamos glorificados, assim seremos, possuidores de uma velha natureza que nos leva, mesmo justificados, a cometer erros, pecar, seja em pensamentos, palavras, ações ou omissões. Mesmo após a justificativa, esta realidade continua fazendo parte de nossas vidas e, por isso, precisamos de perdão, não apenas no momento em que aceitamos por Cristo fomos remidos, mas igualmente durante toda a nossa vida ao lado de Cristo. Paulo se declarou em 1Tm 1.15 como o pior dos pecadores, e ele não falou isso a respeito do passado, quando não conheceu a Cristo, mas no tempo presente, após já ter sido justificado. Porém, o apóstolo João fala que “todo aquele que ne...