Você já parou para pensar no poder que um nome carrega? Ele conta uma história, define uma identidade, molda a forma como vemos a nós mesmos e como os outros nos veem.
Uma das coisas que eu acho mais lindas ao ler a Bíblia é perceber que Deus leva os nomes muito a sério. E quando Ele quer virar a página na vida de alguém, quando Ele está prestes a começar um capítulo completamente novo, Ele muitas vezes faz algo radical: Ele muda um nome.
Quando Deus muda o nome de alguém Ele emite um sinal externo de uma transformação que está acontecendo por dentro. É Deus revelando um novo propósito, uma nova missão, uma nova identidade.
Pense comigo em algumas dessas histórias:
De Abrão para Abraão. Deus encontra um homem chamado “pai exaltado” e o renomeia para “pai de uma multidão de nações”. Com um novo nome, Deus não apenas muda uma identidade; Ele amplia uma promessa para o tamanho do mundo.
De Jacó para Israel. Deus pega um homem cujo nome significa “enganador”, alguém marcado por uma vida de trapaças e lutas, e o chama de “aquele que luta com Deus”. A história de Jacó deixa de ser sobre seu passado de engano e passa a ser sobre seu encontro transformador com o próprio Deus.
De Simão para Pedro. Jesus olha para um pescador impulsivo, inconstante, cujo nome significava “aquele que ouve”, e o chama de “Rocha”. Jesus não estava vendo o Simão que todos viam; Ele estava declarando a identidade e o propósito que a graça construiria nele.
De Saulo para Paulo. Um homem orgulhoso, perseguidor, cujo nome significava “desejado” ou “pedido”, encontra Cristo e adota um novo nome: “pequeno”. O homem que se achava grande se esvazia de si mesmo para se tornar um dos maiores servos do Evangelho.
De Abraão a Paulo, a mensagem é a mesma: quando Deus te chama, Ele te dá uma nova história para contar.
E o mais interessante é que essa prática de Deus não terminou nos tempos bíblicos. Ela continua conosco. Deus também mudou o nosso nome.
Pense bem: nosso antigo nome tinha muitas variações. Era “Pecador”. Era “Distante”. Era “Sem direção”. Era “Órfão espiritual”.
Mas em Cristo, fomos rebatizados pela graça. Fomos chamados para fora da nossa velha história e recebemos um novo nome, uma nova identidade que nada nem ninguém pode apagar. O apóstolo Paulo captura isso de forma emocionante:
“Pois vocês não receberam um espírito que os escravize para novamente temerem, mas receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual clamamos: ‘Aba, Pai!’” (Romanos 8.15)
Nosso novo nome é “Filho de Deus”. É “Amado”. É “Perdoado”. É “Justificado”.
Todas as mudanças de nome na Bíblia apontavam para este momento: o dia em que, não por mérito, mas pelo puro amor de Cristo, seríamos adotados na família de Deus. Essa é a sua verdadeira identidade agora. É quem você é.
Que possamos viver à altura do novo nome que recebemos.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta verdade tocou seu coração, salve este texto para se lembrar de quem você realmente é em Cristo. E eu adoraria saber nos comentários: o que significa, para você, ser chamado de “filho de Deus”?
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