No batismo de Jesus, um momento extraordinário acontece: os céus se abrem, o Espírito Santo desce como pomba, e a voz do Pai ecoa claramente: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado.” (Mt 3.17)
Para além de um rito, essa cena nos mostra a perfeita relação entre o Pai e o Filho, e nos lembra que Deus se alegra não por causa de algum mérito humano, mas por causa da obediência perfeita de Cristo.
Em contraste, nós muitas vezes buscamos alegria em coisas passageiras: conquistas, bens, status, reconhecimento. Vivemos tentando preencher um vazio com experiências que não duram. Mas a verdadeira alegria nasce quando reconhecemos quem somos em Cristo: filhos amados, não por mérito, mas por graça.
Deus não se alegra em nós porque agimos perfeitamente. Precisamos reconhecer que não há justiça em nós mesmos, mas Cristo nos foi dado como justiça. É em Cristo — por meio da fé — que Deus nos vê com alegria. Não por termos feito algo que O impressione, mas porque fomos unidos ao Filho em quem Ele tem prazer.
Por isso, viver como cristão não é uma tentativa de conquistar o amor de Deus, mas uma resposta de fé a esse amor já revelado e entregue. Viver na vontade de Deus é fruto da graça, não condição para ela.
Que essa verdade nos liberte de buscar alegria onde ela não pode ser encontrada. A maior alegria é esta: Temos alegria porque Deus se alegra em nós, pois vê em nós o reflexo do Seu Filho amado.
Por Marlon Anezi
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