Amigos,
Feche os olhos por um instante e pense no Paraíso. O que vem à sua mente? Para muitos de nós, a imaginação corre para lugares conhecidos: ruas pavimentadas de ouro, portões de pérola, anjos tocando harpas em jardins exuberantes.
São imagens lindas, que nos acompanham desde a infância e que tentam dar forma a uma esperança que mal cabe em nosso peito. Mas, e se eu te dissesse que tudo isso são apenas símbolos, ecos distantes de uma realidade infinitamente mais gloriosa?
O grande escritor cristão C.S. Lewis, com sua sabedoria profunda, nos oferece uma chave para entender isso. Ele nos lembra que essas imagens não são fotografias do que está por vir, mas sim poemas. São as melhores tentativas da nossa linguagem humana e limitada de descrever o que é, em sua essência, indescritível.
Lewis nos dá uma analogia que eu acho perfeita: a música.
Pense em uma canção que já te arrepiou a alma. Uma melodia que te trouxe uma alegria ou uma saudade tão profunda que você não conseguiu explicar com palavras. Essa sensação, diz ele, é apenas uma sombra. Um eco. Um vislumbre fugaz da alegria real que nos espera na presença de Deus.
Assim como a música nos faz sentir algo que as palavras não alcançam, as metáforas bíblicas sobre o céu são pistas que apontam para o verdadeiro tesouro.
O maior tesouro do céu não é o que haverá lá, mas Quem estará lá.
As ruas de ouro não são sobre a riqueza do metal, mas sobre a preciosidade insondável da presença de Deus. Os jardins exuberantes não são sobre botânica, mas sobre a vida plena e florescente que só existe n’Ele.
A promessa da eternidade é, acima de tudo, a promessa da plena comunhão com o nosso Criador. É estar face a face com a própria fonte de toda a alegria, toda a paz e toda a beleza que já experimentamos, ainda que em pequenos fragmentos.
E essa alegria, nós já a provamos um pouco. Em uma canção que nos emociona, na beleza de um pôr do sol, no abraço de quem amamos, em um momento de paz profunda em oração. Tudo isso são pequenas frestas, pequenos vislumbres da plenitude de vida que nos aguarda.
Que a nossa imagem do céu não seja uma pintura fixa, mas um anseio que cresce a cada vislumbre da bondade de Deus aqui na terra.
Com carinho,
Marlon Anezi
E você? O que te faz sentir um “eco” do céu aqui na terra? Qual imagem ou promessa bíblica sobre a eternidade mais conforta o seu coração? Adoraria ler sua reflexão nos comentários. Vamos sonhar juntos com o nosso lar.
Comentários
Postar um comentário