1. Mentira: Sua conta bancária reflete o amor de Deus por você.
A ideia de que riqueza é o sinal da bênção divina é talvez a mais central desse movimento. Mas ela ignora a maior de todas as bênçãos que já recebemos. Paulo nos lembra que Deus “nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios 1.3). O maior tesouro que o Evangelho nos oferece não é o que está em nosso bolso, mas Quem habita em nosso coração: o próprio Cristo.
2. Mentira: Sua doação é uma transação comercial com Deus.
Muitos são ensinados a dar o dízimo e ofertas como um “investimento”, esperando um retorno financeiro multiplicado. Isso transforma um ato de adoração e gratidão em uma negociação. Mas a Bíblia nos chama a dar com um coração alegre, em resposta ao que já recebemos, e não como uma barganha para garantir prosperidade futura, colocando a soberania de Deus à prova.
3. Mentira: Se você não está prosperando, a culpa é da sua fé.
Essa é talvez a mentira mais cruel. Ela aponta para o cristão que enfrenta dificuldades e o acusa: “Sua fé é fraca”. Mas quando olhamos para as Escrituras, vemos o oposto. Jó, um homem de fé inabalável, perdeu tudo. Paulo, o maior dos apóstolos, enfrentou perseguições, naufrágios e pobreza. O próprio Jesus não tinha onde reclinar a cabeça. A fé verdadeira não nos leva ao luxo, mas a uma profunda dependência de Deus em qualquer circunstância.
4. Mentira: Sua crise financeira é um castigo pelo seu pecado.
Essa ideia gera uma culpa esmagadora e desnecessária. Ela ignora que vivemos em um mundo caído, com crises econômicas e desigualdades sociais. O Evangelho nos diz que, em vez de sinal do desagrado de Deus, as tribulações podem ser um instrumento em Suas mãos para forjar em nós “perseverança, um caráter aprovado, e esperança” (Romanos 5.3-4). A igreja deveria ser um hospital para os feridos, não um tribunal para os endividados.
5. Mentira: Um cristão de verdade não deveria sofrer.
Ao focar apenas na vitória e no sucesso, a teologia da prosperidade cria uma fé que não sabe o que fazer com a dor. Mas Jesus nunca nos prometeu uma vida sem aflições. Pelo contrário, Ele nos preparou para elas. A Palavra nos ensina a considerar as provações como motivo de alegria, pois é nelas que nossa fé é provada e nossa perseverança cresce (Tiago 1.2-3). A promessa não é a ausência da tempestade, mas a presença de Cristo conosco no barco.
Amigos, o verdadeiro Evangelho é infinitamente mais rico do que a promessa de uma conta bancária cheia. Deus está muito mais interessado em salvar a sua alma do que em salvar as suas finanças. Ele nos oferece um tesouro que ladrão não rouba e a traça não corrói: a salvação eterna, a comunhão com Ele e uma paz que o dinheiro não pode comprar e as circunstâncias não podem roubar.
Que a nossa esperança esteja firmada nesta Rocha, e não nas areias movediças da prosperidade terrena.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão te ajudou a enxergar com mais clareza, salve-a. De que maneira você tem visto esses ensinos sutis aparecerem em seu caminho, e como podemos nos firmar no verdadeiro Evangelho? Adoraria ler sua perspectiva nos comentários.
E se você quiser continuar essa conversa importante, eu te convido a assistir à live que fizemos sobre a Teologia da Prosperidade. É uma oportunidade de mergulharmos ainda mais fundo nas verdades do Evangelho.
Assista logo abaixo:
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