À medida que nos aproximamos do final do ano, é comum fazermos uma retrospectiva do que vivemos e ouvimos, refletindo sobre nosso crescimento espiritual. Surge então uma pergunta importante: Qual foi o sermão mais marcante que ouvi neste ano?
Muitos podem recordar discursos inspiradores, frequentemente sobre prosperidade financeira, sucesso pessoal, curas milagrosas ou pregações políticas. Isso nos leva a um questionamento essencial: onde está, de fato, o centro da nossa fé?

Vivemos tempos em que temas de conquistas materiais, saúde perfeita e poder temporal ganham destaque nos púlpitos. Há quem pregue que a fé em Cristo garante uma vida sem dificuldades, repleta de sucesso e bens materiais. Contudo, essa mensagem, embora sedutora, desvia nosso foco do que é mais importante.
O verdadeiro centro da fé cristã é o evangelho — a boa nova de que, pela graça de Deus, fomos salvos por meio de Jesus Cristo (Ef 2.8). A cruz nos lembra do maior presente que já recebemos: a reconciliação com Deus, não por nossos méritos, mas pelo sacrifício de Cristo.
Jesus declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim” (Jo 14.6). Essa é a mensagem que deve estar no coração de todo sermão, pois é a única capaz de nos preparar para a eternidade.
O apóstolo Paulo nos lembra que nossa esperança está naquilo que é eterno, e não no que é passageiro: “Pois a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós uma glória eterna, que pesa mais do que todas elas. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é temporário, mas o que não se vê é eterno” (2 Co 4.17-18).
Se o sermão mais importante que ouvimos neste ano não nos conduziu de volta à cruz, ao sacrifício de Jesus e à esperança da vida eterna, talvez seja o momento de reconsiderar nossas prioridades. A mensagem central do evangelho não é sobre riquezas terrenas ou cura física, mas sobre a graça que nos salvou através de Jesus Cristo.
O maior presente que já recebemos é Cristo. Ao refletir sobre este ano, que possamos recordar o que realmente importa: a salvação recebida através de Jesus.
Por Marlon Anezi
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