Amigos,
Na nossa última conversa, falamos sobre como nosso propósito é muito maior que a nossa profissão. Mas isso nos leva a uma pergunta ainda mais profunda: se o nosso propósito não está “lá fora”, no trabalho ou no sucesso que podemos alcançar, então onde ele está?
E aqui, o Evangelho nos oferece uma das suas viradas de chave mais libertadoras.
Enquanto o mundo nos manda “encontrar o seu propósito”, como se ele fosse um tesouro escondido que depende do nosso esforço para ser descoberto, a fé cristã nos diz: “Pare de procurar. O seu propósito principal não é algo que você encontra; é algo que você recebe.”
Não é uma tarefa a ser conquistada, mas um presente a ser aceito.
Quando olhamos para o coração da fé cristã ao longo dos séculos, ouvimos essa mesma melodia. Sejam luteranos, católicos, presbiterianos ou batistas, todos concordam em um ponto central: nosso propósito fundamental é glorificar a Deus, amá-lo e servi-lo, em resposta à Sua graça.
E como recebemos esse propósito? Ele está ligado à história da nossa própria identidade.
Na Criação, fomos feitos à imagem de Deus. Nosso propósito original era simplesmente viver em comunhão com nosso Criador e refletir o Seu amor.
Na Queda, o pecado manchou essa imagem. Recebemos uma outra identidade, a do homem caído, separado de Deus, e passamos a buscar propósito em lugares errados.
Na Redenção, em Jesus Cristo, Deus age para nos dar uma nova identidade. Ele reestabelece a imagem original, nos declara justos e nos adota como Seus filhos amados.
Portanto, o nosso propósito principal não é uma tarefa a ser cumprida, mas uma identidade a ser vivida. Nosso propósito é viver como os filhos amados que já somos em Cristo.
E perceba como isso é libertador: esse propósito não tem nada a ver com o nosso desempenho, com a nossa produtividade ou com o nosso sucesso. Tem tudo a ver com o que Jesus conquistou por nós.
É a partir dessa identidade segura e recebida que todos os outros “propósitos” da nossa vida encontram seu verdadeiro lugar e sentido.
Nosso trabalho deixa de ser uma busca desesperada por validação e se torna um ato de serviço.
Nossa cidadania se torna uma oportunidade de refletir a justiça e a bondade do Reino de Deus.
Nossa família se torna o primeiro lugar onde podemos praticar o amor sacrificial que recebemos de graça.
A busca frenética por propósito pode ser exaustiva. A boa notícia do Evangelho é que a busca pelo seu propósito mais fundamental já acabou. Ele foi dado a você na cruz. Agora, você está livre para simplesmente viver essa nova e gloriosa identidade em cada canto da sua vida.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão tirou um peso dos seus ombros, salve-a. E para mergulharmos ainda mais fundo nessa verdade libertadora, quero te fazer um convite para a nossa live sobre o assunto.
Assista logo abaixo:
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