Amigos,
Nós pensamos em Jesus como Salvador, Senhor, Mestre... Mas você já parou para pensar em Jesus como o maior comunicador que já existiu? Eu fico maravilhado não apenas com o que Ele dizia, mas com a sabedoria de como Ele dizia.
A Bíblia não é apenas um livro de teologia; ela é uma aula de comunicação e pedagogia.
Quando olhamos para os evangelhos, vemos que a principal ferramenta de Jesus para falar às multidões era a parábola. Muito antes de o “storytelling” virar uma palavra da moda no marketing, Jesus já dominava essa arte com maestria. Ele sabia que uma boa história prende a atenção, desarma as defesas, provoca a reflexão e planta uma semente na imaginação de uma forma que um discurso doutrinário direto nem sempre consegue.
As histórias nos envolvem, nos fazem perguntar: “o que eu tenho a aprender com isso?”. Elas tornam a verdade acessível.
Mas a genialidade de Jesus não parava aí. O evangelista Marcos nos conta um detalhe fascinante:
“Só falava com eles usando parábolas, mas explicava tudo em particular aos discípulos.” (Marcos 4:34)
E aqui eu vejo uma sabedoria que podemos traduzir para os nossos dias. É como se, para as multidões, Jesus desse uma palestra — um conteúdo inspirador, acessível, que despertava a curiosidade e alimentava a alma de quem passava.
Mas, para os seus discípulos, no privado, Ele oferecia uma consultoria — um aprofundamento, os bastidores, um espaço para perguntas, o “porquê” por trás da história.
Eu acredito que há uma lição de sabedoria pastoral imensa para nós aqui. Como pessoas que carregam a mensagem do Evangelho, aprendemos com Jesus que nem todo conteúdo é para todo mundo, o tempo todo.
Precisamos ter o discernimento de saber quando é hora de contar uma “parábola” — a simples e poderosa história do amor de Deus em Cristo — e quando é hora de oferecer uma “consultoria”, aprofundando as riquezas da doutrina com aqueles que já caminham na fé.
Isso exige de nós cautela, cuidado e, acima de tudo, amor. Um bom comunicador não está preocupado em mostrar o quanto sabe, mas em servir o ouvinte com aquilo que ele precisa e está pronto para receber. Nosso objetivo não é sobrecarregar os que têm um conhecimento mais simples, nem ser rasos com os que anseiam por mais profundidade.
É sobre encontrar as pessoas onde elas estão, assim como Jesus fazia.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão te ajudou, salve-a. E me conte nos comentários: em sua vida, seja na família, na igreja ou com amigos, como você tenta adaptar a forma como compartilha a sua fé para diferentes pessoas?
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