A fé não deve ficar apenas guardada em nossos corações. A verdadeira fé se revela quando ela é ativa no amor. Mas o que isso realmente significa para nós, cristãos?
1. A fé se manifesta através do amor
A fé ativa no amor é um convite a
servir o próximo. Não basta apenas acreditar, é necessário que nossas ações
reflitam a nossa fé. É através do amor que a fé se mostra de maneira palpável.
Uma fé genuína se manifesta em obras de amor, compaixão e generosidade.
2. Liberdade e servidão em Cristo
Somos chamados a sermos livres e,
ao mesmo tempo, servos uns dos outros. Essa aparente contradição é explicada
por Martinho Lutero:
“O cristão é um senhor
absolutamente livre de todos, sujeito a ninguém. O cristão é um servo
absolutamente obediente a todos, sujeito a todos.” (Lutero, 1983)
Lutero nos lembra que, embora
sejamos livres pela fé, essa liberdade nos conduz a uma vida de serviço ao
próximo. A verdadeira liberdade cristã é exercida através de um espírito
voluntário de servidão e amor.
Obras de amor: uma expressão natural da fé
Lutero também insistia que uma fé
viva se expressa em obras de amor. Mas essas boas obras não são feitas por
compulsão ou obrigação. Como explica Forell (1985, p. 82):
“Lutero insistia em que uma fé
viva se expressa em obras de amor. Mas estas boas obras seguem-se
espontaneamente, e não sob a compulsão da lei.”
Portanto, quando estamos
verdadeiramente enraizados na fé, nossas ações de amor e bondade fluem
naturalmente de nós. Elas são uma expressão sincera e voluntária da fé que
carregamos em nossos corações.
A fé ativa no amor nos chama a
viver uma vida de serviço, compaixão e generosidade. Somos livres em Cristo,
mas essa liberdade nos impulsiona a sermos servos de todos, refletindo o amor
de Deus em nossas ações diárias. Nossa fé se torna viva e verdadeira quando é
manifestada através do amor ao próximo.
Por Marlon Anezi
Referências:
FORELL, G. W. Fé ativa no amor.
Concórdia/Sinodal: São Leopoldo/Porto Alegre, 1985.
LUTERO, Martinho. Da Liberdade
cristã. 4.ed. São Leopoldo/RS: Sinodal, 1983.
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