Amigos,
Todo ano, quando a época do Natal se aproxima, meu coração volta para aquela cena nos campos de Belém. Uma noite comum, pastores fazendo seu trabalho de sempre, o silêncio quebrado apenas pelo balido das ovelhas. E então, o extraordinário invade o ordinário. Uma luz gloriosa, um exército celestial.
Deus, o maior comunicador do universo, decidiu lançar a notícia mais importante da história. E, em uma época sem outdoors, internet ou comerciais de TV, Ele fez algo infinitamente mais grandioso. Ele nos deu uma aula sobre como anunciar o Evangelho.
A primeira lição que os anjos nos ensinam é sobre a forma.
Eles não sussurraram a boa-nova; eles a cantaram em um coro magnífico que encheu os céus! Havia entusiasmo, vida, coragem e uma alegria que transbordava. A comunicação deles fazia jus à grandeza da mensagem.
Isso me confronta. Quantas vezes o nosso medo, nossa timidez ou nossa apatia não tornam a mensagem mais poderosa do mundo em algo morno, sem vida, quase sem atrativo? Os anjos nos lembram que anunciar o Evangelho é uma responsabilidade imensa e que a nossa paixão (ou a falta dela) comunica tanto quanto as nossas palavras.
Mas a forma, por mais bela que seja, só serve para carregar o conteúdo.
E o conteúdo da mensagem dos anjos é o próprio Evangelho, em sua forma mais pura e simples. Eles responderam às três perguntas essenciais da fé:
Quem? Eles anunciaram o nascimento de um Salvador, que é Cristo, o Senhor.
O quê? A chegada d’Ele representava uma “boa-nova de grande alegria para todo o povo”. O resultado? “Glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens aos quais ele concede o seu favor”. A glória é para Deus; a paz, um presente para nós, dado por Sua graça.
Onde? Eles deram um endereço exato e um sinal claro: “na cidade de Davi... envolto em panos e deitado numa manjedoura”. A mensagem não era uma ideia abstrata; era um convite para um encontro real.
O maravilhoso é que essa mesma estrutura serve para nós hoje. O Evangelho continua sendo simples.
Quem é Jesus? Nosso Salvador e Senhor, a Luz do mundo, o Pão da vida, o Cordeiro de Deus. O que Seu nascimento representa? A graça que nos salva, o perdão que nos reconcilia e a paz que o mundo não pode dar.
Mas, e a pergunta “Onde”? Onde encontramos Jesus hoje? Qual é a nossa Belém, a nossa manjedoura?
Nós O encontramos nos meios que Ele mesmo nos deixou para se fazer presente entre nós. Nossa “manjedoura” hoje são:
A Palavra lida e pregada, onde ouvimos Sua voz.
A água do Batismo, onde somos unidos a Ele em Sua morte e ressurreição.
O pão e o vinho da Santa Ceia, onde Ele mesmo se dá a nós, nos alimentando com o perdão.
E, eu acrescentaria, o encontro simples e direto na oração, onde Ele está sempre disponível para nos ouvir.
A mensagem dos anjos era completa, direta e transformadora. E o Evangelho não mudou. Que possamos, como eles, anunciá-lo com coragem e alegria. E que, como os pastores, possamos sempre correr para os lugares onde Ele prometeu se deixar encontrar.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão te ajudou a ver a mensagem do Natal com mais clareza, salve-a. E me conte nos comentários: onde você tem encontrado Jesus mais claramente em sua vida nos últimos tempos?
Comentários
Postar um comentário