Amigos,
Quando pensamos na Reforma Protestante do século XVI, é fácil nos perdermos em datas, eventos e conceitos teológicos. Mas, por trás de tudo isso, havia pessoas. Homens de carne e osso, cheios de paixão, coragem e, sim, suas próprias falhas, que Deus usou de forma poderosa para reacender a chama do Evangelho em um tempo de escuridão.
Hoje, quero te convidar a conhecer, ou a reencontrar, o rosto e o coração de alguns desses nossos “irmãos mais velhos” na fé.
Tudo começa, claro, com a coragem de um monge chamado Martinho Lutero. Em um mundo que dizia “faça, pague, mereça”, Lutero redescobriu nas Escrituras a verdade libertadora de que somos declarados justos diante de Deus não por nossos esforços, mas unicamente pela fé na graça de Cristo (Sola Fide), com a Bíblia como nossa única e suprema autoridade (Sola Scriptura).
Mas uma faísca precisa de arquitetos para ajudar a construir a casa. E outros gigantes se levantaram. Em Genebra, João Calvino trabalhou incansavelmente para organizar o pensamento da Reforma em sua obra monumental, as “Institutas”, sempre enfatizando a soberania e a glória de Deus em todas as coisas. Ao lado de Lutero, seu amigo e colaborador genial, Filipe Melanchthon, deu clareza e ordem à teologia luterana, ajudando a moldar os documentos que nos guiam até hoje.
E a chama não ficou restrita à Alemanha. Na Suíça, Ulrico Zuínglio pregava com fervor, chamando o povo de volta à simplicidade radical da Palavra. E, mais ao norte, o fogo ardia no coração do intrépido John Knox, que levaria a Reforma à Escócia, dando origem à tradição Presbiteriana.
Mas a Reforma não foi um movimento de uma só voz. Havia também os chamados “reformadores radicais”, como Menno Simons, que, lendo a Bíblia, insistia na separação entre Igreja e Estado e no batismo de crentes adultos, dando origem à tradição Anabatista. E, em meio a tantos debates, havia homens como Martin Bucer, o grande pacificador, que dedicou sua vida a tentar construir pontes e encontrar a unidade entre os diferentes grupos de reformadores.
Ao olharmos para essa “grande nuvem de testemunhas”, vemos homens diferentes, com ênfases e temperamentos distintos. Mas todos eles compartilhavam de uma mesma paixão: um amor profundo por Cristo e um desejo ardente de ver o Seu Evangelho puro ser proclamado com clareza.
A fé que professamos hoje, a Bíblia que lemos em nossa língua, a liberdade que temos para nos aproximarmos de Deus pela graça... tudo isso foi regado pelo sacrifício, pelo estudo e pela oração desses homens. Somos herdeiros de sua coragem.
Com carinho e gratidão,
Marlon Anezi
Se esta breve apresentação da nossa “família na fé” te inspirou, salve-a. E me conte nos comentários: qual desses reformadores você gostaria de conhecer melhor?
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