A vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. Lc 12.15
O que estamos priorizando em nossa vida? Quem
somos ou o que temos? Muitas pessoas, confundem ser com ter. Pensam que as suas
posses definirão quem são, que elas irão lhes trazer amizades e pessoas que
tenham apreço por elas, quando na verdade, estes bens, muitas vezes acabam por
atrair pessoas falsas e interesseiras. Os bens materiais não atraem pessoas que
gostam de uma determinada pessoa pelo que de fato ela é.
Jesus afirmou que a vida de qualquer pessoa não consiste naquilo que ela possui, ou seja, não somos o que temos, somos o que de fato somos, sem adereços. Apesar de dizermos a nós mesmos que é nosso, tudo que está sob nosso poder nesta vida, não há nada que de fato seja nosso nesta vida. Deus nos delegou o encargo de administrar o que é d'Ele, recebemos um empréstimo, não levaremos nada deste mundo ao partirmos. O quanto mais pudermos ter esta compreensão, menos vamos sofrer na tentativa de nos satisfazermos por meio da cobiça e da ambição. Diante desta reflexão, fica a pergunta:
- Como posso me desvencilhar de uma vida apegada aos bens materiais?
Uma das maneiras de compreendermos esta cultura de abnegação, está na maneira como olhamos para nós mesmos e para os outros.“O Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1Sm 16.7).
Deus não nos olha como geralmente nos olham as pessoas, nos julgando pelo carro que temos, pelo que vestimos, pela nossa idade ou aparência física: Ele olha o nosso coração.
Precisamos aprender a nos conectar com o coração das pessoas e com o nosso próprio coração para conseguirmos ter uma vida mais plena e verdadeira, sem falsidade e segundas intenções.
Viver uma vida focando em
quem somos e quem de fato as pessoas são, independente de suas posses ou status também
ajudará a nos contentarmos com o que temos. Paulo afirma:
“Já aprendi a contentar-me
com o que tenho... Estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto
a ter abundância quanto a padecer necessidade" (Fp 4.11,12).
Podemos de fato ser felizes com o que temos, aprendendo com o apóstolo Paulo que a felicidade encontramos em Cristo. As coisas mais importantes que temos foram dadas por Deus. O autor Max Lucado afirma que temos:
1.
Um Deus que nos escuta;
2.
O poder do amor atrás de cada um de nós;
3.
O Espírito Santo e todo o céu dentro de nós;
4.
Possuímos graça para cada pecado;
5.
Direção para cada curva;
6.
Luz para cada canto;
7.
E uma âncora para cada tempestade.
Temos tudo o que precisamos.
Nem sempre estamos atentos a estas bênçãos espirituais, pois estamos muito conectados e presos ao mundo material, à correria do dia-a-dia que não nos permite parar para refletir. Possuímos necessidades espirituais e um Deus pronto a supri-las; se não prestarmos atenção a este tipo de necessidades, estaremos alimentando um vazio em nossa alma que nenhum bem material ou valor financeiro pode suprir.
Paulo transmitiu uma valiosa
lição a Timóteo ao declarar: “A piedade com contentamento é de fato um grande
ganho” (1Tm 6.6). Em outras palavras, descobrimos uma riqueza inestimável ao
encontrar satisfação em uma vida simples e virtuosa.
Por que não viver uma vida
mais simples? Apenas com o necessário, sem futilidades e coisas para aparentar
algo que não somos. Por que não inverter as nossas prioridades, colocando na
frente o que de fato importa? Por que não nos livrarmos desta bagagem tão
pesada que é almejar ter sempre mais e querer mais?
Precisamos olhar mais para
quem somos e o que já possuímos: aproveitar o dia, servir, sorrir, cantar,
relaxar, brincar com as crianças, refletir e amar. Para cada uma destas boas
atividades não precisamos gastar um real. Será que Paulo não estava certo? De
fato, ganhamos muito mais com uma vida mais simples.
Por Marlon Anezi
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