Amigos,
Por séculos, uma ideia muito antiga moldou a forma como pensamos em nós mesmos: a de que o nosso corpo é uma espécie de prisão para a nossa alma. O corpo seria mau, a fonte de nossos problemas e desejos; a alma, boa, a parte que realmente importa para Deus. Parece até fazer sentido, não é?
Mas, então, o Evangelho chega e nos apresenta uma verdade muito mais radical, integrada e bonita. A mensagem cristã não é sobre Deus querer salvar apenas a nossa alma, como se Ele estivesse nos resgatando de uma masmorra de carne e osso. O plano de Deus é redimir a pessoa inteira.
O apóstolo Paulo, em sua carta aos Coríntios, é direto: o nosso corpo não é um acidente ou um inimigo. Ele foi feito “para o Senhor, e o Senhor para o corpo”.
O problema do pecado não é que temos um corpo mau com um espírito bom. O problema do pecado é que ele nos corrompeu por inteiro — corpo e espírito. E a solução de Deus para isso é de tirar o fôlego.
Paulo nos faz uma pergunta que deveria mudar a forma como nos vemos para sempre:
“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?” (1 Coríntios 6.19)
Eu quero que você pare e pense na imensidão do que está sendo dito aqui.
O seu corpo. Com todas as suas dores, fraquezas, rugas, desejos e imperfeições... não pertence mais a você. Ele foi comprado e pago por um preço altíssimo — o sangue de Cristo na cruz. E, por causa disso, o Deus do universo, o próprio Espírito Santo, decidiu fazer dele a Sua morada. O seu corpo é um santuário. Uma casa sagrada.
E se nós realmente levássemos isso a sério? Como isso mudaria o nosso dia a dia?
A questão deixaria de ser apenas uma lista de pecados a serem evitados. Ela se tornaria uma pergunta positiva: Como eu posso honrar a Deus com este corpo que é o Seu templo? Como eu o alimento? Como eu o descanso? Onde eu o levo? Ao que eu exponho os meus olhos e os meus ouvidos, que são as janelas desta casa?
Isso nos dá uma responsabilidade imensa, sim. Mas nos dá um privilégio infinitamente maior.
Viver consciente de que o Espírito de Deus habita em nós é o segredo para uma vida de santidade. Não é sobre a nossa força de vontade para seguir regras, mas sobre a nossa sensibilidade à presença do Hóspede Divino que está conosco em cada momento, nos guiando, nos fortalecendo e nos transformando, de dentro para fora, à imagem de Cristo.
Você não é apenas uma alma presa em um corpo. Você é um templo vivo.
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão te deu um novo olhar sobre seu próprio corpo, salve-a. Como a ideia de ser um “santuário do Espírito Santo” pode mudar uma escolha que você fará hoje? Adoraria ler sua perspectiva nos comentários.
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