Nós, cristãos, temos em nossas mãos a mensagem mais libertadora que o mundo já conheceu. O próprio Jesus nos prometeu: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32).
Mas, se formos honestos conosco mesmos, nós parecemos pessoas verdadeiramente livres?
Muitas vezes, a resposta é não. Vivemos com medo do que os outros vão pensar. Hesitamos em testemunhar nossa fé, com receio de sermos chamados de “antiquados” ou “caretas”. Adaptamos nossa linguagem e nossas convicções para sermos aceitos. Professamos uma verdade que liberta, mas continuamos prisioneiros da necessidade de aprovação.
Para entender a verdadeira liberdade, eu acredito que precisamos olhar para a caminhada muitas vezes solitária de Jesus. Ele era o homem mais livre que já pisou na terra. Livre da pressão dos líderes religiosos, livre das expectativas da multidão, livre para curar no sábado, para comer com pecadores e para falar a verdade, custe o que custar.
De onde vinha essa liberdade inabalável?
A resposta é simples e profunda: o ponto de referência de Jesus não era o mundo ao seu redor. Era o Pai.
Ele disse: “o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se não o vir fazer o Pai” (João 5.19). A cada passo, a cada palavra, a bússola de Jesus não apontava para a opinião pública, mas para a vontade do Pai. Sua segurança não estava no aplauso dos homens, mas na comunhão com Deus.
E é por isso que Ele podia, com tranquilidade, fazer a pergunta que atravessa os séculos e chega até nós hoje:
“Como podeis vós crer, recebendo honra uns dos outros, e não buscando a honra que vem só de Deus?” (João 5.44)
Aqui, eu creio, está a definição da verdade que realmente nos liberta.
A verdadeira liberdade não é o direito de fazer o que eu quero. É a paz de não precisar mais da aprovação do mundo, porque o amor do Pai me basta.
É estar tão seguro na aprovação que recebemos de graça em Cristo, que a desaprovação do mundo perde o seu poder sobre nós.
O mundo pode mudar. A cultura pode se tornar líquida. A verdade do Evangelho pode ser ridicularizada. E nós temos uma escolha. Podemos viver com medo, tentando moldar nossa fé para que ela se encaixe nos padrões de um mundo que nunca se satisfaz.
Ou podemos, como Jesus, ancorar nossa vida na aprovação do único que importa, e caminhar na liberdade de quem vive para uma plateia de Um.
A escolha é nossa. E a promessa d’Ele permanece: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8.36).
Com carinho,
Marlon Anezi
Se esta reflexão te desafiou, salve-a como um lembrete. Em qual área da sua vida a busca pela aprovação dos outros tem te impedido de viver a liberdade que Cristo te oferece?
Comentários
Postar um comentário