Há uma parte de mim que adora regras claras e caixas para marcar. Ir à igreja no domingo? Feito. Dar o dízimo? Feito. Fazer minha oração diária? Feito. Existe um conforto nisso, uma sensação de dever cumprido, de segurança. Uma régua que parece medir a nossa fidelidade. E é exatamente nesse lugar de conforto que as palavras de Jesus em Mateus 23 me encontram e viram a minha mesa. Ele olha para os religiosos de sua época, homens que eram impecáveis em suas práticas mensuráveis — eles davam o dízimo de cada erva da sua horta, da hortelã, do endro e do cominho — e faz uma acusação devastadora: vocês fazem tudo isso, mas se esqueceram do mais importante. Esqueceram da justiça, da misericórdia e da fé. Eles eram mestres na ética quantificável , mas reprovavam no que não se pode medir. E eu me pergunto: será que nós também não caímos na mesma armadilha? É ...
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