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Mostrando postagens de agosto, 2022

A fé autêntica: além da religião quantificada

Muitos religiosos do tempo de Jesus viviam sob uma ética quantificável. Guardavam determinados dias e festas, davam o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, porém, viviam sob negligência em relação à preceitos muito importantes, que diziam respeito à prática da justiça, misericórdia e fidelidade. Mt 23.23 A ética quantificável à qual me refiro é aquela baseada em cálculos que trazem uma sensação de segurança àqueles que a praticam. É por isso que ser religioso é mais fácil do que ser espiritual. Ser religioso significa guardar um dia específico da semana, enquanto ser espiritual é procurar a vontade de Deus todos os dias, descansando em Cristo em todo o tempo. O religioso pensa que pode garantir que está fazendo bom uso do seu dinheiro e que está justificado perante Deus através dos 10% que dá todo mês à sua igreja. Mas o padrão quantificável de 10% não passa de um descargo de consciência ou uma opção a seguir. O homem espiritual sabe que 100% de sua renda depende de Deus e deve ser...

Todas as pessoas serão salvas?

Esta pergunta é capciosa e causa muita controvérsia e discussão. Primeiramente, existem diferentes perspectivas na literatura teológica que se posicionam em relação a este assunto e dentre estas distintas visões está o universalismo, que acredita que todas as pessoas serão salvas. Em 2017, a Netflix lançava o filme "A Caminho da Fé". Trata-se de um filme baseado em fatos reais. No início dos anos 2000, o bispo Carlton Pearson, um renomado pastor de uma comunidade pentecostal, se deparou com a história de genocídio de Ruanda. Impressionado com o fato de muitas pessoas sofrendo e morrendo instantaneamente, ele se questiona: "será que Deus mandaria todas essas pessoas para o inferno só porque elas não eram cristãs?" A resposta que ele diz ter recebido de Deus é que aquelas pessoas seriam salvas. Sua posição universalista não foi compreendida por sua igreja. Pearson não renuncia a sua posição e é abandonado pelas pessoas de sua comunidade religiosa. A pergunta do bispo...

A morte de Jesus como chave para a vida eterna

Salva-te a ti mesmo, e desce da cruz. Mc 15.30 A inimizade do mundo caído com a cruz de Cristo tem atingido a Igreja, de modo que as palavras e expressões: cruz, sacrifício, sangue derramado já não são mais tão frequentes nos hinos, pregações e conversas entre cristãos. Lembro-me de uma vez que no ministério de louvor que participava, anos atrás, havia escolhido um hino para cantar com a congregação no próximo culto que dizia: “cordeiro que foi morto, mas hoje vivo está, em breve no Seu trono pra sempre reinará.” O hino foi retirado da seleção de músicas para cantar com a congregação, pois a expressão “cordeiro que foi morto” soava pesado para uma das integrantes do grupo de louvor. O hino foi substituído por outro que fosse mais apreciado pelo ministério de música. Pedro queria evitar que Jesus fosse para a cruz ao falar que isso nunca aconteceria a ele (Mt 16.22), ao defendê-lo cortando a orelha direita do soldado Malco (Jo 18.10). O evangelho no coração de Pedro era um evangelho exi...