Em minha experiência pessoal, percebi que na busca por negar o negativo, a gente acaba quebrando a conexão com as pessoas. Por vezes, acabamos oferecendo um otimismo superficial onde era necessária uma empatia que se manifesta em sensibilidade e vulnerabilidade.
A “positividade tóxica” é, no fundo, uma forma de tentarmos nos colocar no lugar de Deus. É acreditar que a força das nossas palavras pode controlar o universo, quando, na verdade, é a Palavra d’Ele que o sustenta.
O apóstolo Tiago nos dá um puxão de orelha amoroso sobre isso. Ele nos adverte contra a arrogância de dizer “faremos isso e aquilo”, como se fôssemos donos do amanhã. Em vez disso, ele nos ensina a postura da humildade: “Se Deus quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo” (Tg 4.15).
Essa pequena frase muda tudo. Ela nos liberta do peso de ter que esconder a nossa limitação, de ter que ser positivo o tempo todo. Ela nos convida a relaxar e a descansar no cuidado de um Deus que não tem medo das nossas dores, das nossas dúvidas ou dos nossos dias ruins.
Que a gente possa trocar a pressão por “ser positivo” pela liberdade de “ser honesto” diante de Deus e dos outros. Ele nos acolhe por inteiro, com nossas luzes e sombras. E é nesse acolhimento que encontramos a verdadeira paz.
Com um abraço,
Marlon Anezi
Você já se sentiu pressionado por essa “positividade tóxica?” Como você lida com isso? Compartilhe sua experiência nos comentários, vou adorar ler.
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