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Mostrando postagens de novembro, 2024

Vivendo (e crendo) na era da automação.

Amigos, É impossível não sentir um frio na espinha ao lermos as notícias e as previsões sobre o nosso futuro. Inteligência artificial, robôs que ameaçam tomar nossos empregos... às vezes, o cenário que pintam é sombrio, um mundo onde o ser humano parece se tornar obsoleto, perdendo seu propósito e significado. É fácil se desesperar e perder a esperança. Mas é exatamente nesses momentos de medo do “caos” que está por vir que a fé cristã nos convida a lembrar do primeiro capítulo da Bíblia. A história começa com uma descrição que nos parece familiar: a terra era “sem forma e vazia” e “havia trevas sobre a face do abismo”. E, no meio do nada, da desordem e da escuridão, uma voz soberana declara: “Haja luz” . E a luz acontece. Aquele ato criador não foi um evento isolado no passado. É o padrão de como o nosso Deus age. Ele é o especialista em trazer ordem ao caos e luz às trevas. E a luz que Ele acende em nosso tempo, em meio às nossas ansiedades, não é diferente. “Mas e os planos dos home...

Nossos celulares ficarão mais inteligentes. E nós?

Amigos, Parece que vivemos em um episódio de ficção científica, não é mesmo? Inteligência artificial que cria arte, carros que dirigem sozinhos, promessas de biotecnologia que podem revolucionar a saúde. O futuro, que antes víamos nos filmes, está batendo à nossa porta. As promessas são deslumbrantes: um mundo mais eficiente, mais saudável, mais conectado. Mas, em meio a todo esse brilho, uma pergunta silenciosa começa a pesar no meu coração: à medida que tudo ao nosso redor se torna mais “inteligente”, o que está acontecendo com a nossa alma? O grande perigo que corremos, como sociedade, é o de construir um mundo perfeitamente eficiente para pessoas perfeitamente vazias. É a tentação de priorizar a eficiência em detrimento da empatia. De reduzir seres humanos a dados, a números, a perfis de consumo. De valorizar mais a velocidade da conexão do que a profundidade dos nossos relacionamentos. É por isso que eu acredito que, mais do que nunca, precisamos de uma “ecologia do espírito” . É ...

Ainda precisamos da Reforma Protestante?

Amigos, Neste mês, o mundo protestante celebra a Reforma. E, para muitos, isso pode soar como uma aula de história sobre um monge alemão e um documento antigo pregado na porta de uma igreja em 1517. Parece algo distante, empoeirado. Mas, e se eu te dissesse que aquelas 95 teses, escritas por Martinho Lutero, falam diretamente às nossas ansiedades mais profundas, aqui mesmo, no século XXI? A mensagem central que Lutero redescobriu nas Escrituras — a justificação pela fé — é o antídoto de Deus para a cultura exaustiva em que vivemos. Deixe-me mostrar como. 1. A justificação pela fé nos liberta da ansiedade da performance. Vivemos em um mundo que nos cobra desempenho em tudo. Seja no trabalho, na família ou nas redes sociais, há uma pressão constante para sermos perfeitos, para sermos “a nossa melhor versão”. E, sem perceber, trazemos essa lógica para a nossa fé. Começamos a nos perguntar: “Será que estou orando o suficiente? Sendo bom o suficiente para Deus? Meu desempenho me qualifica?...