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Mostrando postagens de maio, 2024

Livres para servir

Amigos, Muitas vezes, pensamos na fé como algo que acontece aqui dentro, no silêncio do nosso coração. Uma convicção pessoal, uma confiança íntima entre nós e Deus. E isso é verdade. Mas é apenas o começo da história. A verdadeira fé cristã, como a Bíblia nos ensina, é como uma fonte: ela não foi feita para ficar contida. Ela precisa transbordar. E ela transborda em uma única  direção: a do amor . Uma fé que não se torna palpável em atos de compaixão e generosidade, corre o risco de ser apenas uma ideia. Mas como isso funciona? Como saímos da crença para a ação? Martinho Lutero, o reformador, resumiu essa verdade em uma frase que parece uma contradição, mas que é a essência da liberdade do Evangelho: “O cristão é um senhor absolutamente livre de todos, sujeito a ninguém. O cristão é um servo absolutamente obediente a todos, sujeito a todos.” O que Lutero está nos dizendo com esse paradoxo? Que, em Cristo, nós somos totalmente livres . Livres da culpa do pecado, livres da condena...

Corpus Christi e o pão que nos une

Amigos, Nesta semana, muitos de nossos irmãos e irmãs da Igreja Católica celebram a festa de Corpus Christi, com suas belas procissões e tapetes coloridos. E eu creio que, independentemente da nossa tradição de fé, essa data nos oferece um belo convite: o de voltarmos nosso coração para o centro da nossa fé — o corpo e o sangue de Cristo, dados por todos nós. A festa, como a conhecemos, tem suas raízes na história medieval da Igreja, nascida do desejo de celebrar de forma especial o sacramento da Eucaristia. E, ao longo dos séculos, tornou-se uma marca importante da piedade católica.                                       É verdade que, ao longo da história, especialmente desde a Reforma Protestante, os cristãos passaram a entender a presença de Cristo na Santa Ceia de formas diferentes. Para nossos irmãos católicos, o pão e o vinho se tornam, em essência, o corpo e o sangue de Jesus (tran...

O Deus que habita o cotidiano

Eu entendo perfeitamente o apóstolo Filipe. Acho que todos nós, em algum momento da caminhada, já fizemos a mesma oração que ele, talvez com outras palavras: “Deus, onde o Senhor está? Por que eu não consigo Te ver? Mostra-me o Teu rosto!” É um anseio profundo da alma humana por conhecer de forma visível quem é o nosso Criador. E a resposta de Jesus a Filipe, em João 14, é de uma beleza que me desarma. Ele não o repreende. Com ternura, Ele olha para aqueles homens e diz: “Há tanto tempo estou com vocês, e você não me conhece, Filipe? Quem vê a mim, vê o Pai”. Eu fico imaginando a maravilha daquela proximidade que eles tiveram. Poder caminhar com Jesus, ouvir Sua voz, ver a imagem perfeita do Pai em cada gesto d'Ele. Mas o cuidado de Jesus vai além. Ele sabia que um dia não estaria mais ali, caminhando com eles pela Galileia. E, no seu amor infinito, Ele nos faz uma promessa que muda tudo: “Eu pedirei ao Pai e Ele lhes dará outro Auxiliador, o Espírito da verdade, para ficar com voc...